Minibibliotecas em fábricas começam a funcionar dia 21

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Taí uma idéia boa. Principalmente se os trabalhadores conseguirem utilizar. Não basta o patrão ser "legal" e dar um ar mais amigável pra sua empresa, isso tem que ficar acessível ao público-alvo.

Ainda acho que seria muito melhor pra todos se esse esforço tivesse como objetivo melhorar e ampliar a rede de bibliotecas públicas (falando nisso, espero que não entre [muito] dinheiro público nesse negócio) ao invés de deixar o acervo trancado em empresas privadas, mas ao menos tem o lado positivo de levar o contato com os livros mais pra perto do trabalhador. Sabe, gerar uma cultura de proximidade que pode e deve se espalhar. E reconheço que o jeito mais fácil e eficiente é levar a biblioteca pro local de trabalho, onde o operário padrão gasta a maior quantidade de horas da sua vida.

É esperar pra ver. Um pouquinho complicado mas muito rico em possibilidades, é um projeto que certamente deve fazer mais bem que mal.

Segue:

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Como uma rede de teias formada a partir de um único fio, o Leitura nas Fábricas, projeto lançado ontem em Diadema, em parceria com empresas, sindicatos e o Ministério da Cultura, prevê um crescimento exponencial no número de leitores da cidade.

Dez fábricas diademenses receberão, a partir do dia 21, minibiblioteca e espaço para leitura. O investimento é de R$ 200 mil. “A meta é chegar até o fim do ano em 50 fábricas. Já temos dez em fila de espera e muitos outros pedidos”, afirma Júlio Tavares, diretor de Cultura do município.

É a primeira vez que os Pontos de Leitura - no total 514 espalhados pelo País, se inserem em um ambiente industrial.

Paralelamente, funcionários das fábricas se transformarão em multiplicadores.
“Ao todo, 50 agentes de leitura entrarão em ação pela cidade. Eles funcionarão como os agentes de saúde, cadastrando pessoas em suas casas para transformar cada residência em um ambiente favorável para a leitura”, diz Maria Regina Ponce, secretária de Cultura.

O prefeito de Diadema, Mário Reali, declarou que o projeto traz um novo entendimento da relação capital e trabalho, permitindo que o acesso a informação, lazer e cultura ocorra até na hora do expediente.

“A cultura não só qualifica o trabalhador a novas oportunidades de emprego, mas contribui na formação de uma nova sociedade”, afirma Reali.

Esse foi o primeiro projeto do programa Diadema, Cidade de Leitores, que prevê modernização de bibliotecas, aquisição de acervo e mais, a instalação de 11 Cines Mais Cultura, de exibição gratuita de filmes e oficinas de capacitação. Não há prazo para a implementação desses outros projetos.

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