Links interessantes e pertinentes (pte. 1)

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Bibliotecas Virtuais

Alguns sites. Se alquém quiser acrescentar o que estiver faltando, por favor... não hesite!

Bartleby.com - importantes textos, como os 70 volumes da "Harvard Classics" e a obra completa de Shakespeare: http://www.bartleby.com/

Bibliomania - 2.000 textos clássicos e guias de estudo em inglês: http://www.bibliomania.com/

Biblioteca dei Classici Italiani - literatura italiana, dos "duecento" aos "novecento": www.fausernet.novara.it/fauser/biblio

Biblioteca Electrónica Cristiana - teologia e humanidades vistas por religiosos: http://www.multimedios.org/

Biblioteca Virtual - Literatura - pretende reunir grandes obras literárias: http://www.biblio.com.br/

Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes - cultura hispano-americana: http://www.cervantesvirtual.com/

Biblioteca Virtual Universal - textos infanto-juvenis, literários e técnicos: http://www.biblioteca.org.ar/

Contos Completos de Machado de Assis - mais de 200 contos de Machado de Assis: www.uol.com.br/machadodeassis

Cultvox - serviço que oferece alguns e-livros gratuitamente e vende outros: http://www.cultvox.com.br/

Dearreader.com - clube virtual que envia por e-mail trechos de livros: http://www.dearreader.com/

eBooksbrasil - livros eletrônicos gratuitos em diversos formatos: http://www.ebooksbrasil.org/

iGLer - acesso rápido a duas centenas de obras literárias em português: www.ig.com.br/paginas/novoigler/download.html

International Children's Digital Library - pretende oferecer e-livros infantis em cem línguas: http://www.icdlbooks.org/

IntraText - textos completos em diversas línguas, entre elas o latim: http://www.intratext.com/

Jornal da Poesia - importante acervo de poesia em língua portuguesa, com textos de mais de 3.000 autores: http://www.revista.agulha.nom.br/indiceA.html

Net eBook Library - biblioteca virtual com parte do acervo restrito a assinantes do site: http://www.netlibrary.net/

Nuovo Rinascimento - especializado em documentos do Renascimento italiano: www.nuovorinascimento.org/n-rinasc/homepage.htm

Online Literature Library - pequena coleção para ler diretamente no navegador: http://www.literature.org/

Progetto Manuzio - textos em italiano para download, incluindo óperas: www.liberliber.it/biblioteca

Project Gutenberg - mantido por voluntários, importante site com obras integrais disponíveis gratuitamente: http://www.gutenberg.net/

Proyecto Biblioteca Digital Argentina - obras consideradas representativas da literatura argentina: http://www.biblioteca.clarin.com/

Romanzieri.com - livros eletrônicos em italiano compatíveis com o programa Microsoft Reader: http://www.romanzieri.com/

Textos de Literatura Galega Medieval - pequena seleção de poesias e histórias medievais: www.usc.es/~ilgas/escolma.html

The Literature Network - poemas, contos e romances de aproximadamente 90 autores: http://www.online-literature.com/

The Online Books Page - afirma ter mais de 20 mil livros on-line: digital.library.upenn.edu/books

The Online Medieval and Classical Library - obras literárias clássicas e medievais: sunsite.berkeley.edu/OMACL

Usina de Letras - divulga a produção de escritores independentes: http://www.usinadeletras.com.br/

Virtual Book Store - literatura do Brasil e estrangeira, biografias e resumos: http://www.vbookstore.com.br/

Virtual Books Online - e-livros gratuitos em português, inglês, francês, espanhol, alemão e italiano: virtualbooks.terra.com.br

Links

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Olá!

Acho que colocar links de outros blogs e sites interessantes, relacionados a esse, pode ser uma boa e já deveria ter sido feito antes...

E se vocês sugerissem alguns? Posso ir colocando aqui e a gente vai discutindo quais valem a pena, quais não, os porques...

Vou ficar esperando os comentários hehe

Até!

Biblioteca 2.0

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Scientific Style and Format:The CSE Manual for Authors, Editors, and Publishers - 7th edition

terça-feira, 15 de dezembro de 2009















Oi colegas!
Comprei, adorei e recomendo...
Para quem quiser conhecer mais sobre redação e editoração científica.

Sumário

PART 1 PUBLISHING FUNDAMENTALS
Chapter 1 Elements of a Scientific Publication
Chapter 2 Publication Policies and Practices
Chapter 3 The Basics of Copyright

PART 2 GENERAL STYLE CONVENTIONS
Chapter 4 Alphabets, Symbols, and Signs
Chapter 5 Punctuation and Related Marks
Chapter 6 Spelling, Word Formation and Division, Plurals, and Possessives
Chapter 7 Prose Style and Word Choices
Chapter 8 Names and Personal Designations
Chapter 9 Capitalization
Chapter 10 Type Styles, Excerpts, Quotations, and Ellipses
Chapter 11 Abbreviations
Chapter 12 Numbers, Units, Mathematical Expressions, and Statistics
Chapter 13 Time and Dates
Chapter 14 Geographic Designations

PART 3 SPECIAL SCIENTIFIC CONVENTIONS
Chapter 15 The Electromagnetic Spectrum
Chapter 16 Subatomic Particles, Chemical Elements, and Related Notations
Chapter 17 Chemical Formulas and Names
Chapter 18 Chemical Kinetics and Thermodynamics
Chapter 19 Analytical Methods
Chapter 20 Drugs and Pharmacokinetics
Chapter 21 Genes, Chromosomes, and Related Molecules
Chapter 22 Taxonomy and Nomenclature
Chapter 23 Structure and Function
Chapter 24 Disease Names
Chapter 25 The Earth
Chapter 26 Astronomical Objects and Time Systems

PART 4 TECHNICAL ELEMENTS OF PUBLICATIONS
Chapter 27 Journal Style and Format
Chapter 28 Books, Technical Reports, Conference Proceedings, and Other Monographs
Chapter 29 References
Chapter 30 Accessories to Text: Tables, Figures, and Indexes
Chapter 31 Typography and Manuscript Preparation
Chapter 32 Proof Correction

Bibliography

Fonte: Council of Science Editors

\o/

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Hoje é dia de TCC!

Nossa (ou pelo menos minha) musa e principal colaboradora desse blog, Laura Pimentel, apresenta a sua TCC hoje, a partir das 19:00hs, na FESPSP, no prédio da Unidade CMJ, localizado à Rua Cesário Mota Júnior, 262.

Mais infos:

O MAPA CONCEITUAL COMO ORGANIZADOR PRÉVIO PARA A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DOS CONTEÚDOS DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO.
HORÁRIO: 2ª apresentação
ORIENTADORA: Cibele Marques
ALUNAS: Ana Cristina Machado e Laura Pimentel
BANCAS: Profs. Borges e Valéria Valls


Boa sorte! Acaba com el@s, garota!

Sarkozy diz que enfrentará Google sobre digitalização de livros

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Por Emmanuel Jarry

GEISPOLSHEIM, França (Reuters) - O presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou nesta terça-feira que não deixará o patrimônio literário de seu país ser tomado por uma "amigável" gigante norte-americana, em evidente provocação ao Google.

A França quer evitar que a literatura francesa seja tragada por grandes projetos internacionais de digitalização e planeja criar seu próprio projeto de livros digitais.

"Não deixaremos que tirem nosso patrimônio em benefício de uma empresa grande, não importa o quão amigável, grande ou americana ela seja", disse Sarkozy, sem citar o Google.

Em reunião no leste do país, o presidente afirmou que a digitalização de livros seria um dos projetos financiados por um empréstimo nacional já planejado para fazer investimentos estratégicos de bilhões de euros em 2010.

"Não deixaremos que seja tirado de nós o que geração atrás de geração produziu na língua francesa apenas porque não fomos capazes de financiar nosso próprio projeto de digitalização", acrescentou.

O mercado editorial é o mais recente a ser afetado pela revolução digital, com o Google planejando criar uma enorme biblioteca de livros escaneados, livros digitais cada vez mais populares e governos lutando para se ajustar à rápida mudança no setor privado.

O projeto de livros do Google faz parte de um acordo fechado com o sindicato de autores dos Estados Unidos. O plano foi elogiado por dar acesso aos livros, mas também foi criticado em alguns círculos por razões de antitruste, direitos autorais e privacidade.

O primeiro-ministro da França, François Fillon, pediu no mês passado que uma comissão estudasse como preparar o mercado editorial para essa renovação, dizendo que é importante evitar o tipo de prejuízo que o download ilegal de músicas e filmes gerou em suas respectivas indústrias.

Em carta aberta, Fillon listou diversas estratégias possíveis, começando por escanear o conteúdo das bibliotecas europeias. Outros projetos incluem a aplicação de leis anti-pirataria ao mercado editorial, a contribuição de editoras para sugerir formas de policiar downloads ilegais e o desenvolvimento de um mercado legal de livros digitais.

Fillon afirmou que a França não aceitaria que outra indústria cultural fosse "ameaçada por saqueadores".

O governo francês propôs algumas das leis mais rígidas contra a pirataria online e, em setembro, o Parlamento francês aprovou uma lei que permite que as autoridades cortem a conexão do quem for flagrado repetidamente fazendo downloads ilegais.

O governo também pressiona a União Europeia para que aprove um projeto de digitalização que a coloca efetivamente em competição direta com o Google.

Essa não é a primeira disputa entre a França e o Google. Em 2005, líderes da França e da Alemanha anunciaram que iriam se unir para desenvolver um sistema de buscas multimídia, o Quaero ("Eu Busco" em latim), que muitos viam como um ataque direto ao Google. O projeto não decolou por falta de financiamento.

FONTE: http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2009/12/09/sarkozy-diz-que-enfrentara-google-sobre-digitalizacao-de-livros-915119040.asp

Cultura, uma construção coletiva

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A experiência que temos com um produto cultural, hoje, é repleta de negociações. Seja uma música, um livro ou um filme, a tensão é quase sempre a mesma. Pode ver, mas não copiar. Já que é só para você, copia, mas não compartilha. Tá, se é para um amigo (só um!), compartilha, vai, mas não muda. Tudo bem, até que dá para mudar, mas antes pede ao “dono” e, se ele deixar, é preciso colocar o nome, explicar, rotular, selar e carimbar, afinal de contas, cultura que é cultura, para ser bem aceita, assim, de papel passado, não pode ser órfã, precisa de uma paternidade autoral. E não é uma paternidade qualquer, mas um nome de força, reputação e autoridade.


Como se vê, da Revolução Industrial até então, a livre circulação da cultura não é tarefa tão simples. Mas nem sempre foi assim. Apesar de a gente associar o comportamento de consumo mais autônomo a técnicas e tecnologias recentes, é de espantar o quanto a necessidade de liberdade no manuseio de objetos culturais é antiga.

Na verdade, é como se tivéssemos findando um período em que a burocratização da produção e difusão cultural está, finalmente, dando espaço mais uma vez à colaboração. Assim como era quando a cultura tinha suas bases no domínio público, quando o contador da história interessava menos que a própria história, quando era possível pegar trechos de criações de sua época e construir outra narrativa.

Até o momento, precisamos esperar quase um século para que uma obra entre em domínio público (e isso não é força de expressão). Todavia, não é tão difícil verificar, hoje, maior autonomia, tanto do criador – que agora não precisa de intermediários para tornar pública sua obra – como da própria obra, que não mais se encerra ao chegar ao público, tendo ele a possibilidade de modificá-la, recombiná-la com elementos de seu repertório e devolvê-la à apreciação da sociedade.

Vemos a internet e as tecnologias digitais como algo que veio quebrar as proteções mais rígidas dos produtos culturais – e veio mesmo. Contudo, mais do que romper, trouxe novas possibilidades de criação, que nos retomam àquilo que é básico para o avanço da cultura e da sociedade, afinal de contas, a cultura é construção coletiva em qualquer época e lugar do mundo e não precisa de donos, intermediários ou proteções, mas, sobretudo, da participação de todos.


Artigo escrito por Cândida Nobre em 03/12/09. Disponível em: http://www.nosdacomunicacao.com/panorama_interna.asp?panorama=196&tipo=G
 

Cultura e comunicação nas organizações

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Ao analisarmos o conceito de cultura organizacional, devemos priorizar duas definições: a cultura em si e a organização, entendendo comunicação como um processo natural e inerente à construção dessa realidade. A partir daí, podemos compreender culturas nas organizações como um fenômeno que vem sendo estudado e observado. [...]cultura organizacional se dá na relação com a comunicação, entendendo que cultura é criação de significados e que comunicação, por meio da relação e da interação entre pessoas, ao gerar sentido para as ações, possibilita a negociação e a criação de significados, contribuindo para o processo de formação das culturas em uma organização.

Falar em culturas na organização significa observar o contexto, implícito e emergente em uma organização. [...] a cultura se constrói no dia a dia de uma organização, por meio dos diferentes grupos, sendo fundamental observar sua diversidade nas organizações da contemporaneidade. Ou seja, não existe uma única cultura, mas diferentes culturas que convivem e se respeitam, fazendo sentido para determinado grupo de pessoas que dela participa. A cultura reflete a essência de uma organização, podendo ser interpretada por seus processos, sistemas, comportamentos, os quais são construídos através do tempo. Defino a cultura em uma organização, essencialmente, como um fenômeno interativo a partir do momento em que os grupos observam e interagem com o mundo a seu redor. Por meio desse processo, as pessoas podem simbolizar e atribuir significados a eventos e objetos.

Quanto mais se aprende sobre comunicação, mas se entende que todo comportamento é potencialmente comunicativo, e os indivíduos tanto agem como reagem aos eventos comunicativos, sendo fundamental entender o significado do que acontece. Cultura é um sistema de concepções expressas herdadas em formas simbólicas por meio das quais o homem comunica, perpetua e desenvolve seu conhecimento sobre atitudes para a vida.

Há três maneiras de se observar a cultura nas organizações, as quais ocorrem em uma mesma organização ao observarmos os diferentes ambientes: integrada, diferenciada e fragmentada.

INTEGRADA: vista como homogeneidade, consenso em valores e transparência.
DIFERENCIADA: destaca as subculturas (conflito ou coexistência). Característica predominante: multiplicidade de culturas.
FRAGMENTADA: ambiguidade organizacional (ironias e paradoxos), mudanças constantes, relações complexas. A análise recai nas relações de interesse e consensos transitórios. Vai depender da situação vivenciada pela empresa o entendimento e a prática de cada uma dessas perspectivas. Por exemplo, em uma organização que não dá voz às pessoas, é bem provável a existência de um nível de frustração. Mas caso essa realidade de comando tenha sentido para aquela organização, as pessoas vivenciam naturalmente essa realidade e sentem-se bem, não há como contrapor.

Venho referenciando comunicação como um processo abrangente e formativo, que oportuniza maior desenvolvimento nas organizações, que acresce capacidade nas pessoas, que estimula o conhecimento e que modifica estruturas e comportamentos. A perspectiva da comunicação como processo é uma postura que permite às pessoas explorarem suas potencialidades e desafiarem-se como seres humanos. McPhee e Zaug (2000, p. 1) entendem que “organizações são constituídas comunicativamente”. [...] todos os artefatos humanos, textos, ações comunicativas e comportamentos possuem significado não em razão daquilo que são, mas principalmente em decorrência do que eles significam, sendo que a capacidade para a compreensão das expressões da vida tem suporte no ser humano, e não no método ou na objetividade. Para esse entendimento, é fundamental incorporar a história, o contexto, as práticas sociais e respectivas expressões. Portanto, torna-se imprescindível entender que comunicação não mais reflete uma realidade, pelo contrário, é “formativa”, no sentido de criar e representar o processo de organizar.


Artigo de Marlene Marchiori (07/12/09). Disponível em: http://www.nosdacomunicacao.com/panorama_interna.asp?panorama=199&tipo=G
 

Falta livro, sobra gente

Um milhão e duzentos mil livros. Uma montanha de pá­ginas e páginas para serem descobertas, lidas, apreciadas e, o que é melhor, acessível a quem queira. O gigantesco acervo reunido pelas bibliotecas públicas de Curitiba, à primeira vista, poderia impressionar não fosse uma multidão de leitores em potencial maior ainda. A conta é simples: uma cidade com 1,8 milhão de habitantes e 1,2 milhão de exemplares disponíveis – uma média de 0,67 livro per capita.

Na cidade com o maior número de bibliotecas públicas per capita do país (uma a cada 26 mil pessoas) e reconhecida nacionalmente por ser uma capital cultural, faltam livros: não existe sequer um exemplar por habitante em unidades públicas – o levantamento feito pela reportagem levou em conta o acervo da Biblioteca Pública do Paraná, 45 Faróis do Saber, 81 bibliotecas es­­colares abertas à população, 10 bibliotecas mu­­nicipais e duas Casas de Leituras, mantidas pela Fundação Cultural de Curitiba (FCC).

Curitiba ainda é modelo

Mesmo com um déficit tão grande de livros nos acervos públicos, Curitiba ainda é modelo para outras cidades brasileiras. “Embora esteja aquém do necessário, Curitiba é privilegiada. É a cidade que tem mais bibliotecas no país e melhor distribuídas geograficamente”, opina a presidente do Conselho Federal de Bibliote­cono­mia, Nêmora Rodrigues.

Circuito alternativo

Os estudos do Conselho Federal de Biblio­teco­nomia e da Federação Internacional das Associações Bibliote­cárias para definir a quantidade ideal de livros por habitante levam em consideração apenas as bibliotecas abertas à população em geral. Não são só nesses lugares, porém, que se pode ter acesso a livros.

A média de livros por habitante na capital pode ser preocupante, le­vando-se em conta parâmetros internacionais. O estudo Guide­li­­nes for Public Libraries (Orien­­tações para Bibliotecas Públicas), elaborado pela Fe­­deração Internacional das Associações Biblio­tecárias (Ifla, da sigla em inglês) em 2000 e reeditado em 2001, prevê que as bibliotecas públicas ofereçam, no mínimo, de 1,5 a 2,5 livros per capita. De acordo com a pesquisa conduzida pelo britânico Philip Gill, dois livros habitante seria um patamar adequado.

Como base na pesquisa da Ifla, para atender adequadamente sua po­­pulação, Curitiba teria de contar com 3,6 milhões de livros em acervo de bi­­bliotecas públicas, o que significa que a cidade, hoje, teria um déficit de 2,4 milhões de exemplares. Para a presidente do Conselho Federal de Bibliote­conomia (CFB), Nêmora Rodrigues, a defasagem, porém, pode ser três vezes maior.

De acordo com Nê­­mo­ra, a Ifla busca dar orientações que possam ser aplicadas em qualquer lugar do mundo. Ba­­sean­­do-se em estudos mais recentes e mais próximos, a expectativa para as cidades brasileiras é de atingir médias maiores. O parâmetro utilizado pelo CFB tem sido a As­­sociação de Bi­­bliotecários Ame­ricanos, que prevê que as bibliotecas es­­colares tenham, no mínimo, dez li­­vros por estudante.

Readequando o padrão americano, o CFB recomenda que as bibliotecas escolares brasileiras ofereçam, no mínimo, quatro livros por estudante – um projeto de lei que tramita no Congresso Federal pode fazer com que essa média passe a ser obrigatória. Já, para a população em geral, a recomendação do CFB é que as instituições públicas tenham cinco livros por habitante.

Na proposta da CFB, o déficit de livros em Curi­tiba chegaria a 7,8 milhões de exemplares. “É um problema grave”, avalia Nê­­mora. “A biblioteca é um serviço público que deve estar preparado para atender as necessidades da população”, critica o an­­tropólogo Felipe Lin­­doso, autor do livro O Bra­­sil pode ser um país de leitores?.

De acordo com a presidente do CFB, por menor que seja, o uso da biblioteca poderia ajudar a mudar a realidade de um povo. No Brasil, porém, um le­­vantamento do Instituto Pró-Livro mostrou que 73% dos brasileiros não frequentam bi­­bliotecas e, em todo país, existe uma unidade pública a cada 33 mil habitantes apenas – na Argentina, há uma para cada 17 mil pessoas e na França, uma para 2,5 mil.

O índice de leitura no Brasil é muito baixo. Enquanto o americano lê, em média, 11 livros por ano, e o francês, 7, o brasileiro tem lê apenas 1,3. Incluídas as obras didáticas e pedagógicas, o número sobe para 4,7.

O descaso com a leitura e, de quebra, com o espaço destinado aos livros, pode ter consequências sérias. De acordo com a Ifla, deixa-se de ga­­nhar em educação, informação e desenvolvimento pessoal de jo­­vens e adultos – os principais atributos das bibliotecas, segundo o estudo. “As bi­­bliotecas são im­­portantes instrumentos de cidadania e de desenvolvimento pessoal. Há também consequências econômicas”, ava­­­lia Lindoso. “As pessoas ficam sem capacidade de ir adiante, ter formação mais crítica. Aí reelegem os políticos corruptos e por aí vai”, opina Nêmora.

Library Hotel

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Pensando em viajar e ficar longe da biblioteca em que você trabalha por uns tempos?

Que tal fazer uma reserva no Library Hotel? Localizado na cidade de Nova Yok, é um hotel para hóspedes fãs de livros. Cada andar representa uma classe da CDD. Possui ainda a "Caverna dos Escritores" e o "Jardim dos Poetas". Em cada um dos sessenta quartos há títulos específicos, como astronomia, botânica ou literatura erótica.

A biblioteca do hotel ainda é capaz de te atender em treze idiomas, mas é bom que você fale algo além do bom e velho português, porque esse não está na lista :)

Segue o link, pra quem quiser conhecer o site (aproveitem, porque com diárias entre 300 e 500 dólares, o site é o máximo que alguns de nós poderão conhecer hehe): http://www.libraryhotel.com/index.cfm

Cultura é a alma do negócio

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A empresa que não investe na consolidação da sua cultura acaba perdendo confiança, produtividade, qualidade, credibilidade e, consequentemente, clientes, negócios e mercado, o que significa baixa sustentabilidade, que pode significar a mesma coisa que desempenho negativo ou falência. Esta é uma relação de causa e efeito incontestável.


Um grande número de corporações tem investido pesadamente em mídias digitais para melhorar a comunicação interna. No entanto, os resultados não aparecem e surge a pergunta: onde está o erro? A resposta está na falta da conscientização de valores e princípios, que valorizem os relacionamentos humanos e a corresponsabilização por objetivos e verdades comuns.

A falta de diálogo, de abertura à conversação e troca de ideias é, sem dúvida alguma, o grande problema que prejudica o bom desempenho de muitas organizações. Nesse sentido, a comunicação corporativa é um processo diretamente ligado à cultura da empresa, ou seja, aos valores e atitudes das suas lideranças e às crenças e comportamentos dos seus colaboradores.

Não adianta a empresa investir em blogs corporativos, redes sociais de relacionamento; importar modelos de certificação da qualidade e sistemas de tecnologia da informação se internamente não existe um ambiente de abertura ao diálogo e de compartilhamento de conhecimento, informações e opiniões.

Com a consolidação da cultura da comunicação é possível simplificar e solucionar praticamente todos os problemas organizacionais, que na maioria das vezes estão ligados à desvalorização do relacionamento humano.

A cultura é a essência da boa navegação no desafiador oceano da era digital.

 
Trecho do artigo disponível em: http://www.nosdacomunicacao.com/panorama_interna_col.asp?panorama=303&tipo=C

O blog como agente de comunicação corporativa

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Um blog é mais comunicativo do que muitos informativos enviados por e-mail para clientes. Embora bastante estigmatizada como diário virtual, o blog é uma revolução muito maior do que parece. Publicação simples e rápida à disposição de um usuário sem grandes conhecimentos técnicos: essa é a revolução!!

No mundo corporativo, a experiência profissional é valorizada ao ponto de ser diferencial para seleção de recursos humanos. Ao contar uma experiência, o contador inevitavelmente organiza uma linha de raciocínio para entender como chegou àquele ponto. Somada à visão pessoal, a história ganha contornos únicos, que nem mesmo seu autor consegue repetir da mesma maneira.

O conceito de blog como existe hoje só se formatou desta maneira com essa perda de função gerada pelos buscadores. Foi só neste momento que se percebeu que aquela coletânea de websites não era o principal uso daquele método de publicação. A facilidade de catalogação e publicação dos weblogs só foi possível graças a um sistema de publicação simples, que permitia a uma pessoa que não tivesse grandes conhecimentos sobre linguagem HTML publicar aquele determinado conteúdo.

A revolução proposta pelos blogs foi justamente a facilidade e rapidez com que esta ferramenta permite a publicação de qualquer conteúdo na internet, sem qualquer conhecimento técnico. Esta possibilidade de divulgação de idéias para todo e qualquer cidadão que tenha a seu dispor uma conexão com a Internet democratizou a publicação de conteúdos.
 
Em termos empresariais, esta é uma relação que muda a forma que as empresas são vistas. O Google foi um dos primeiros a experimentar esse novo modo de comunicação empresarial. O blog do Google foi muito parecido com o que se viu nos primeiros blogs corporativos: uma maneira de os funcionários, essencialmente desenvolvedores, contarem a experiência de trabalho, as tendências de desenvolvimento, as novidades da empresa e as dificuldades na resolução dos problemas.

Esta primeira onda de blogs corporativos se manteve principalmente entre as empresas de tecnologia, como a Microsoft, que adotou o mesmo sistema: desenvolvedores contavam as novidades da empresa, dos produtos e serviços. Mas todas estas informações aparecem através de uma visão mais humana, pessoal. Um blog corporativo não é a assessoria de imprensa. A visão pessoal traz não só a parte oficial, somente com acertos da empresa. Traz comentários e reflexões sobre os problemas corporativos. É o exemplo do blog de Jonathan Schwartz, presidente da Sun. A visão pessoal dele sobre os acertos e os erros da empresa são uma forma de reflexão sobre os fatos.
 
Informação pesada, comunicação ágil
O fato de uma pessoa importante na hierarquia da empresa escrever sobre os problemas enfrentados pela corporação incentiva a participação dos demais funcionários, os comentários internos, a discussão de idéias. Incentiva os colaboradores a entrar mais a fundo nas questões da empresa, e cria no cliente a sensação de que existe uma preocupação em melhorar sempre. Além disso, o conteúdo publicado transmite os valores da empresa, seus ideais e sua metodologia de trabalho – o que torna o blog uma ferramenta poderosa de marketing.
 
O conceito de blog corporativo tem ainda outra face. As áreas de conhecimento abordadas por uma empresa podem se tornar temas para discussão nos blogs. Com o conhecimento prático das expertises da empresa, os temas podem ser amplamente mostrados, com opiniões sobre o que está acontecendo de importante naquela área. Desta forma, a empresa finca bandeira na sua área de atuação com autoridade ao mostrar que conhece e discute o assunto. A constante atualização e discussão das novas idéias da área produzem um saudável ambiente de produção de conhecimento a partir de experiências.
 
O uso do blog corporativo tem diversas aplicações dentro da empresa. Não só é uma estratégia de marketing, como de divulgação dos valores da empresa e de interação entre os funcionários e o público. O blog torna-se um canal muito mais interessante de conhecimento da empresa, gera conhecimento com as experiências e discussão, a partir das idéias pessoais de cada um. O blog dá um rosto à empresa, cria vínculos, mostra aonde a empresa quer chegar. Transmite credibilidade a partir das discussões sobre os erros e cria a sensação de segurança com as informações sobre a empresa, por saber que é uma fonte de informação segura.

Em meio à democratização de publicação e divulgação de informação causada pela internet, o blog é um dos destaques. Os grandes acontecimentos não fogem da interferência dos blogs.
 
 
Trechos do artigo: LOBO, F. O blog como agente de comunicação corporativa. Disponível em: http://www.terraforum.com.br/biblioteca/Documents/O%20blog%20como%20agente%20de%20comunica%C3%A7%C3%A3o%20corporativa.pdf

Bibliotecários Vs. Robôs

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Bibliotecários da British Library serão substituídos por robôs

da Reuters, em Londres.

A Biblioteca Nacional do Reino Unido irá remanejar parte de seu acervo em um novo prédio, onde a responsabilidade pelo armazenamento e coleta de 7 milhões de itens passará de um bibliotecário a uma grua --aparelho para levantar pesos, como um guindaste-- robotizada.

O centro climatizado de 30 milhões de libras na cidade de Boston Spa, no norte da Inglaterra, irá abrigar o equivalente a 262 quilômetros de estantes, em um tipo de armazenamento de alta densidade que normalmente é usado mais por varejistas do que por bibliotecas.

O diretor de finanças e serviços corporativos da biblioteca, Steve Morris, afirmou que os livros serão armazenados em contêineres, que serão empilhados seguindo um algoritmo que calcula a demanda por certos títulos.

"As gruas, na verdade, são a única parte da organização agora que saberão onde está o material", disse Morris.

"Ao longo do tempo, com o material sendo acessado, o sistema irá lembrar de quais livros são mais pesquisados e irá guardar esses livros na frente no prédio, para que sejam acessados mais facilmente".

Já livros que são raramente procurados acabarão ficando no fundo do prédio.

Oito pessoas

A nova tecnologia significa que apenas oito pessoas serão necessárias para acessar o acervo que será mantido no centro.

"Antigamente, andávamos pelos andares e buscávamos os livros nós mesmos, mas com isso, quando estiver tudo lá, tudo o que precisamos fazer é apertar um botão e ele vem até nós", disse a bibliotecária Alison Stephenson.

Stephenson e seus colegas estão checando os livros que chegam de Londres antes de serem colocados nos contêineres e levados para dentro do prédio pelos robôs.

"Se você colocar um livro na caixa errada nesse prédio, então, de fato, você nunca mais irá encontrá-lo", disse Morris.

A construção do centro deve ser concluída até meados de 2011, complementando sua sede no bairro de St. Pacras, em Londres, onde os livros estarão disponíveis 48 horas após serem solicitados de Boston Spa.


Fonte: FolhaOnline (Informática) 25/11/09 - 10h15
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u657285.shtml

Redes sociais podem trazer mais retorno do que anúncio publicitário

É cada dia mais comum usarmos o termo "redes sociais". Está na boca de adolescentes e de empresários. Nas casas de cada um e nas corporações. Segundo dados do IBOPE//NetRatings, divulgados em junho deste ano, 18,5 milhões de pessoas navegaram em sites relacionados a comunidades durante o período da pesquisa. Se somados os fotologs, videologs e os mensageiros instantâneos, este número salta, em média, para 20,6 milhões de brasileiros que navegam pelas páginas de relacionamento on-line - um valor que representa cerca de 90% do total de usuários que acessam a Internet mensalmente.

Mas o que isso significa e por que esse conceito vem sendo freqüentemente utilizado? As redes sociais são formadas por indivíduos com interesses, valores e objetivos comuns para o compartilhamento de informações. A Internet é um dos grandes fomentadores para a formação de redes, já que elas proporcionam o encontro de pessoas, independente de tempo e espaço.

Essas redes sociais on-line são criadas a partir de sites de networking como o Orkut, um dos principais tipos de ferramenta de mídias sociais. Elas envolvem diversas atividades que integram tecnologia, interação social e a construção de palavras, fotos, vídeos e áudios. A forma como a informação é apresentada depende das diferentes perspectivas da pessoa que compartilhou o conteúdo, podendo ter vários tipos como fóruns de Internet, weblogs, wikis, podcasts, fotos e vídeos.

Todas essas formas de transmitir informação geram uma interação que se contrapõe aos convencionais meios de comunicação como televisão, rádio ou jornais. Isso se dá porque os próprios usuários são os responsáveis pelo conteúdo, que pode ser postado, compartilhado, comentado ou até mesmo alterado por outras pessoas.

De fato o Orkut foi um divisor de águas na difusão das `redes sociais` no Brasil. Hoje, sites como Flickr, Facebook, YouTube, Second Life e muitos outros são exemplos de seguimento desse conceito, cuja receita de sucesso está na utilização de ferramentas fáceis, arquitetura participativa e liberdade de comunicação.

As mídias sociais e as empresas
Tão importante quanto entender o conceito é saber como usar as mídias sociais. Há pouco tempo, empresas descobriram que uma comunidade no Orkut, por exemplo, pode ser mais eficaz do que um anúncio para difundir a sua marca. Ou que um vídeo espalhado viralmente no YouTube pode gerar resultados impressionantes.

Ações como essas estão baseadas nos resultados de estudos como o Edelman Trust Barometer. A pesquisa busca entender como as pessoas formam suas opiniões hoje. O resultado indicou que os entrevistados confiam mais em seus pares do que em especialistas ou em acadêmicos. Daí a força das redes sociais para motivar a tomada de decisões. Reforçando esta constatação, de acordo com o levantamento do IBOPE/NetRatings, campanhas on-line partindo de blogs ou outras redes sociais podem ter impacto 500 vezes maior do que as feitas a partir dos sites das próprias empresas.

Tudo isso evidencia que a utilização de mídias sociais já não é mais uma simples tendência. Por isso, empresas estão investindo em profissionais que entendam desse tipo de comunicação e que vivam realmente essa realidade. Não adianta apenas participar de fóruns, colocar vídeos na rede ou criar blogs corporativos. É fundamental que a equipe inteira acompanhe esse movimento que está revolucionando a forma de se comunicar.


* Artigo feito com a colaboração de Juliano Spyer, autor do livro Conectado - O que a internet fez com você e o que você pode fazer com ela, lançado em 2007 pela editora Jorge Zahar, e especialista e responsável por mídias sociais na Talk - comunicação interativa.
Disponível em: http://imasters.uol.com.br/artigo/10831/midiasocial/empresas_redes_sociais_podem_trazer_mais_retorno_do_que_anuncio_publicitario/

Stephan Younes: ‘Gestão do conhecimento não é mais opção, é uma questão de sobrevivência’

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Vindo da área de marketing da Unimed do Brasil, na qual realizou um trabalho de integração e unificação da marca da cooperativa de médicos, Stephan Younes chegou à Unimed-Rio para comandar a recém-criada gerência de marca.

Em entrevista ao Nós da Comunicação, Younes, que é formado em comunicação social, com MBA em marketing (ESPM-SP) e mestrado em administração pela Universidade Mackenzie, fala sobre reposicionamento de marca, comunicação interna, ativos intangíveis e como as áreas de gestão do conhecimento, tecnologia da informação e comunicação podem trabalhar juntas no estímulo à inovação em uma empresa.

“É o entrelaçamento da tecnologia da informação com os sistemas integrados de gestão do conhecimento e com a comunicação que possibilita que as companhias criem, armazenem, transfiram e apliquem conhecimentos de modo a transformá-los em ativos estratégicos”, afirmou. “Gestão do conhecimento não é mais opção, é uma questão de sobrevivência”. Confira a íntegra da entrevista abaixo.

Nós da Comunicação – A gestão de branding envolve vários fatores como reputação, imagem e também marca. O gerenciamento de uma marca na área de saúde, como a Unimed, é muito diferente da gestão de marca em outra área de atuação?
Stephan Younes – A principal diferença de se fazer gestão de marca em uma empresa de planos de saúde está relacionada à carga emocional envolvida no momento da experimentação. Ou seja, a tangibilização de nossa marca ocorre, na maioria das vezes, em um momento de fragilidade emocional muito grande. Isso fez a Unimed, de forma pioneira, mudar seu posicionamento, lá em 2003: deixou de falar em doença e passou a falar em saúde, em vida. Saímos dos hospitais e entramos nos estádios. Saímos dos consultórios e entramos nos camarins. Saímos das salas de cirurgia e entramos nas salas de cinemas. Com o foco na promoção da saúde e em qualidade de vida, entramos na vida das pessoas nos momentos em que elas estão investindo no melhor plano de saúde que existe: viver.

Nós da Comunicação – Como os valores da marca de uma empresa podem ser fortalecidos por meio de iniciativas da comunicação interna?
S. Y. – As iniciativas de comunicação interna são fundamentais para a disseminação dos valores da marca e para o envolvimento dos colaboradores com as crenças da companhia. Não se pode ter um trabalho de marca que não ocorra de dentro para fora. É preciso transformar cada colaborador em um embaixador da marca e, para que isso seja possível, é preciso criar e manter uma identidade corporativa. Essa identidade é a espinha dorsal da reputação e da construção de uma marca forte. É a entrega do posicionamento, é a aproximação do discurso e da prática. E, para isso, a comunicação interna é fundamental. Um trabalho de marca é bom quando é bem disseminado .

Nós da Comunicação – Nesta era pós-moderna, em que ativos intangíveis como criatividade e inovação tornaram-se vantagens competitivas concretas, qual a importância da gestão de conhecimento na estratégia das empresas?
S. Y. – “A riqueza das nações funda-se muito mais sobre a propriedade do conhecimento, da técnica e do saber, do que sobre a propriedade dos recursos naturais”. Não são palavras de Michael Porter, nem Peter Drucker, nem C. K. Prahalad, mas sim do papa João Paulo II. Um sacerdote, não um guru de administração, sugere uma reflexão bastante interessante sobre um fenômeno que vem sendo observado em todas as atividades humanas: o uso da informação e do conhecimento como recursos extremamente valorosos.

Segundo J.C.C. Terra, no passado, a vantagem competitiva das organizações era obtida por meio da localização, do acesso à mão de obra barata, aos recursos naturais e ao capital financeiro. No início do século XXI, esses fatores não representavam diferenciais estratégicos. Kjell Nordström e Jonas Ridderstrale acrescentam que “o problema para os jogadores de xadrez corporativos é que, no futuro, a competitividade não dependerá de se seguirem as regras, mas sim de quebrar as antigas e formular novas”.

Queda de barreiras geográficas, produtos substitutos e customizados, chineses fabricando produtos cada vez mais baratos, consumidores híbridos e cada vez mais exigentes, marcas valendo mais que parques fabris, responsabilidade social empresarial, perda da capacidade do Estado de regulamentação em diversas questões e um gigantesco salto na capacidade de organização da sociedade civil. Esses são só alguns exemplos das mudanças no ambiente competitivo. Novos panoramas estão fazendo com que as organizações tenham de se relacionar de maneira intensa com as variáveis ambientais, acompanhando de perto as dinâmicas dos mercados e, principalmente, as mudanças do consumidor. Em todos os segmentos, organizações estão sendo forçadas a se reinventar.

Neste contexto de alta competitividade, as empresas vêm buscando novas fontes de vantagens competitivas, uma vez que as orientações estratégicas tradicionais têm se mostrado limitadas. Segundo Joseph Schumpeter, “É necessário que se desenvolvam meios para se integrar ‘materiais’ e conhecimento para se alcançar o desenvolvimento econômico, e, para isso, é necessário a introdução descontínua de novas combinações dos elementos citados, a formação destas novas combinações é o processo inovador”.

Empresas inovadoras vêm ganhando seu espaço. Das conhecidas 3M e Apple, de relógios (Swatch) ou cosméticos (The Body Shop), em diferentes segmentos e independentemente do porte, organizações inovadoras por todo mundo vêm conseguindo se diferenciar. Até mesmo um circo, o Cirque du Soleil, vem arrancando aplausos de estudiosos da administração, como W. Chan Kim e Renée Mauborgne. Ter informação – ou ao menos ter garantido o acesso a ela – passa a ser o diferencial de uma nova era. Os esforços que estão sendo feitos no sentido de organizar e analisar dados, de forma a que sejam disponibilizados como informação, com valor agregado, para subsidiar processos de tomada de decisão, caracterizam a estrutura orgânica da nova sociedade do conhecimento. Nesse sentido, pode-se observar que, mesmo antes da popularização da internet, autores consagrados e gurus da administração já vinham alertando para a crescente importância da geração, retenção e utilização do conhecimento nas organizações, como Peter Drucker, que afirma que o fator de produção decisivo não é mais nem o capital nem o trabalho, mas o conhecimento. Isso não significa que os fatores clássicos de produção tenham desaparecido, apenas tornaram-se secundários. Ele elege o conhecimento,então, como o novo fator de produção.

É nesse novo cenário que a gestão do conhecimento vem se consolidando como fator crítico de sucesso para a criação de vantagens competitivas nas organizações. Para Stefan Thomke e Donald Reinertsen, a implantação coordenada da gestão do conhecimento cria uma vantagem de difícil imitação, pois está enraizada nas pessoas que trabalham na empresa, e não em recursos físicos, que são facilmente imitáveis pelos concorrentes e menos flexíveis para reagir às incertezas do ambiente. Enfim, gestão do conhecimento não é mais opção, é uma questão de sobrevivência.

Nós da Comunicação – Como as áreas de gestão do conhecimento, tecnologia da informação e comunicação podem trabalhar juntas no estímulo à inovação em uma empresa?
S. Y. – A intensificação no uso de tecnologias de informação e de comunicação tem desempenhado um papel muito importante nos relacionamentos e integração entre as organizações.

As redes e sistemas de informação produziram grandes mudanças no modo de interação existente entre empresas e instituições públicas e privadas, especialmente entre os países centrais e os periféricos. M.N.Frota e M.H. Frotain consideram que o conhecimento que antes era fragmentado e isolado precisa ser integrado, não apenas no nível dos indivíduos, mas principalmente no plano organizacional e, em certos casos, interorganizacional.

O que tinha caráter estático passa a ser visto de maneira dinâmica de contínua aprendizagem, uma postura de aprender a aprender, visando à mudança e à adaptação contínua de estratégias e estruturas organizacionais.

Foi a partir da ideia de integração e do estímulo ao aprendizado intraorganizacional que muitos consultores e acadêmicos popularizaram, a partir da década de 90, o conceito de business intelligence (BI). Sensibilizados pela pressão por mudanças em função da onda de reengenharias e downsizings, ainda segundo os autores, os executivos voltaram suas atenções para os processos de tecnologia da informação (TI). As empresas passaram a buscar, por meio da TI, uma forma efetiva não apenas de obter ganhos de escala, com aumentos significativos de eficiência em seus processos, mas também como uma forma de estimular a geração e manutenção do conhecimento organizacional por meio da implementação de sofisticados sistemas de coleta e análise de dados, capazes de gerar volumes fantásticos de informações e relatórios de inteligência competitiva. Apesar de uma ferramenta poderosa sem a qual a gestão do conhecimento seria muito difícil de ocorrer, a TI não resolve todos os problemas da organização do conhecimento. A tecnologia da informação é fundamental para a combinação (agrupamento) dos conhecimentos explícitos, mas não contribui significativamente com o formato tácito do conhecimento.

O máximo que pode fazer para a troca de conhecimento tácito–tácito é facilitar que pessoas sejam encontradas, ou seja, contatadas, ocorrendo, assim, a socialização. A TI pode, porém, facilitar as outras duas conversões do conhecimento, quando o formato tácito está em equilíbrio com o formato explícito. Assim, pode facilitar a externalização (auxilia no registro do conhecimento) e a internalização (agiliza o acesso ao conhecimento explícito).

Os recursos de TI facilitam o trabalho em rede, podendo manter os conhecimentos descentralizados nos locais em que são mais gerados ou utilizados e melhorando o grau de interatividade do usuário com os registros de conhecimentos. A TI é efetivamente útil para a gestão do conhecimento, se for empregada por meio de uma sistemática interferência humana.

Cabem a esses sistemas o papel de facilitadores na existência dos espaços organizacionais voltados ao processamento dos aspectos cognitivos,contribuindo com o tratamento e a transmissão do conhecimento. Cabe à comunicação estimular o seu uso, fazendo com que eles funcionem na prática. Cabe à área de gestão do conhecimento orquestrar todo esse processo.

É o entrelaçamento da tecnologia da informação com os sistemas integrados de gestão do conhecimento e com a comunicação que possibilita que as companhias criem, armazenem, transfiram e apliquem conhecimentos de modo a transformá-los em ativos estratégicos. E isso pode ocorrer mesmo em empresas que têm operações em diferentes lugares do mundo e com milhares de funcionários.

Nós da Comunicação – O conhecimento organizacional é um ativo imaterial que se acumula com o tempo e, se não for compartilhado, acaba perdendo seu valor. Como os comunicadores de uma empresa podem incentivar o registro de know-how e sua disseminação entre os funcionários?
S. Y. – São várias possibilidades. Além das ações tradicionais como murais, revistas corporativas, jornais informativos, a tecnologia trouxe inúmeras possibilidades. A intranet, por exemplo, ganha muita força com recursos tecnológicos, tanto para servir de depositório do conhecimento como para incentivar a troca.

Hoje, temos chats, widgets, e-mails, SMS, podcasts, redes sociais, vídeos compartilhados. Imaginem um vídeo em que o presidente de uma empresa relata as razões técnicas que embasaram determinada tomada de decisão. Ou o superintende comercial participando de um chat com um atendente do call center. Mais atrativo, menos burocrático, mais próximo, mais palatável. Com certeza, mais visto, mais discutido, mais falado.

Em outras palavras, a tecnologia ajuda a troca a ser mais dinâmica e interativa. Além disso, ajuda a comunicação dessa troca a ser mais pertinente e assertiva, com mensagens mais direcionadas e persuasivas. São combinações poderosas.


Por Christina Lima, em 15/07/09.
http://www.nosdacomunicacao.com/panorama_interna.asp?panorama=201&tipo=E

Livro é devolvido após 51 anos!!! Antes tarde do que nunca!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Quem espera, sempre alcança.
Antes tarde do que nunca.
Antes tarde do que mais tarde ainda.
Dê tempo ao tempo.
Apressado come cru.

Parece que um antigo aluno de uma escola no Arizona (EUA) levou todos esses ditados a sério, afinal, ele devolveu dois livros à biblioteca de seu velho colégio 51 anos depois ter pego emprestado.

Com rara honestidade, ele incluiu junto aos livros US$ 1.000 (cerca de R$ 1.800) para cobrir as multas por atraso na devolução (e que atraso!). Georgette Bordine, a bibliotecária da escola, disse que ambos os livros foram retirados em 1959 e devolvidos agora por alguém que quis manter o anonimato. (O Editor do UOL Tabloide pergunta: será vergonha?)Ela diz que a carta que acompanha os livros explica que a família do "devedor" mudou-se para outro Estado e os livros foram empacotados por engano. A carta diz que o dinheiro é para cobrir a multa de US$ 0,02 ao dia para cada livro, o que somariam US$ 745 (cerca de R$ 1.340), a quantia a mais seria no caso de o valor das taxas terem mudado.Bordine disse que o dinheiro será usado para comprar mais livros para a biblioteca e que os livros devolvidos serão colocados em suas antigas prateleiras.

Fonte: UOL Tabloide*Em São Paulo
http://noticias.uol.com.br/tabloide/tabloideanas/2009/11/16/ult1594u1829.jhtm

A importância da Gestão do Conhecimento nas Empresas

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A globalização está fazendo com que as empresas, sem as proteções oficiais das reservas de mercado, tenham que se ajustar à Nova Economia. Precisam adequar seus custos e aumentar a produtividade para serem competitivas.

Por isso, muitas empresas já estão pensando em seus funcionários operacionais, administrativos e administradores, não mais como simples “Recursos Humanos”, mas sim, como “Capital Humano”.

Esse novo enfoque enfatiza que as pessoas são parte crucial de uma empresa e como tal, têm necessidade de serem desenvolvidas, gerenciadas e tratadas com o mesmo respeito distinguido a todos os outros capitais.
 


Introdução

Na Nova Economia, as mudanças ocorrem com extrema rapidez e as pessoas apesar de não acompanharem essas mudanças com a mesma velocidade, têm que se amoldar às novas situações, necessitando de atenção para reduzirem ou eliminarem essa diferença e conseguirem atingir os objetivos empresariais.

Por outro lado, as empresas por muito tempo subestimaram o valor dos conhecimentos de seus funcionários. Hoje, sabe-se que a soma desse conhecimento tem um valor e que mensurá-lo e tê-lo sob controle, e acima de tudo, aplicá-lo em favor da empresa, torna-se um diferencial competitivo.

Mas para ser aplicado, não basta tê-lo. Nesse momento entra outro importante e decisivo componente: a motivação do funcionário para aplicá-lo.

Somente empresas atentas ao seu Capital Humano, conseguem reter os talentos e motivá-los a utilizar o seu conhecimento em benefício de ambos. A relação ganha/ganha faz parte dos valores dessas empresas.

Deve haver um alinhamento de todos os trabalhos de modo a converter o conhecimento dos trabalhadores em auto-realização e em benefícios para as empresas. A função gerencial passa a ter fundamental importância no desenvolvimento do “Capital Humano” devendo mesmo ser vista como sua missão.

O que diferencia as empresas na Nova Economia ou também chamada Economia da Era da Internet, é o quanto de valor elas criam para seus clientes e consumidores.

A frase: “As empresas se constroem através de pessoas e nunca serão maiores ou melhores que as pessoas que a compõe.”(autor desconhecido) exemplifica bem, o quanto a qualidade das pessoas pode ser o diferencial competitivo num mercado globalizado.

Nesse ponto, o Capital Humano é o que faz a diferença. Os outros capitais, tais como cadeiras, computadores, salas, etc. devem trabalhar para as pessoas e nunca devem ser tratados melhor que essas pessoas.

Por traz da melhor tecnologia, sempre haverá uma pessoa para comandá-la.

Outro fator de extrema importância a ser analisado, é o custo da reposição de talentos que deixam a empresa.

A maioria das pessoas muda de emprego em busca de trabalhos mais desafiadores, respeito profissional e a possibilidade de influenciar a organização.

Essa é a conclusão de uma pesquisa publicada pela Korn/Ferry International, apresentada no Fórum Mundial de Economia de 2001 em Davos na Suíça.

Reter talentos é sem dúvida um desafio para as organizações. Muitas empresas já comprovaram que é mais econômico desenvolver um plano de retenção, do que buscar outros talentos no mercado. Até porque não existem tantos talentos prontos no mercado para suprir todas as empresas.

Por Onde Começar?

Não basta simplesmente contratar um curso já pronto ou desenvolver o seu próprio curso com o material utilizado nas aulas presenciais e colocá-lo na Internet ou Intranet da empresa para ser acessado pelos empregados.

Esse é de fato, o caminho mais simples e provavelmente o mais econômico inicialmente.

Sim, inicialmente, pois ao longo do tempo pode tornar-se tão ou mais dispendioso que um sistema completo e bem planejado. Além do que, uma iniciativa dessas sem os correspondentes controles e avaliação, pode desestimular os empregados a utilizarem o computador para aprenderem, e os empresários, diretores e gerentes a investirem num sistema mais abrangente e sério.

No nosso entender, o primeiro passo, é a organização decidir se quer ter mais um programa de treinamento, ou se quer ter um sistema de capacitação e desenvolvimento de talentos.

Se a opção for por ter mais um programa de treinamento, espera-se que essa decisão esteja baseada na conclusão da necessidade apresentada por ocasião do desenvolvimento de um sistema de capacitação e desenvolvimento de talentos. Caso contrário, o sucesso desse treinamento é questionável e a aplicação dos conhecimentos adquiridos (?) não terá como ser medida.

Se por outro lado, a opção for por ter um sistema de capacitação e desenvolvimento de talentos, que é o que recomendamos, a primeira coisa a se fazer é quebrar os paradigmas tradicionais de treinamento.

No gráfico abaixo, descrevemos o esquema completo de um sistema adequado:



Vamos detalhar todos os componentes desse gráfico:

Por Ambiente de Aprendizagem (AA), entendemos ser aquele que as organizações conscientemente desenvolvem e que tem por objetivo propiciar a todos na organização, independentemente do nível hierárquico, a oportunidade de aumentar seus conhecimentos e instrução. Essa característica é claramente identificada através de ações concretas, tais como: criação e desenvolvimento de cursos de alfabetização e supletivos; incentivo financeiro através de bolsas de estudo para graduação e pós-graduação; criação de bibliotecas fixas e circulantes; salas de estudo e leitura de jornais e revistas técnicas e assuntos gerais; treinamentos operacionais e administrativos; acesso à Internet e outros.

Mas não basta ter todas essa ações implementadas se as mesmas forem independentes, sem uma organização formal, e não tiverem um objetivo macro e mensurável.

Para que a organização possa mensurar e obter resultados desses investimentos, é que se faz necessário a implantação de um Sistema de Gerenciamento do Aprendizado (SGA).

Esse Sistema terá como finalidade precípua garantir através de ações e controles específicos, que tanto o investimento em treinamento quanto em ampliação do conhecimento, tenham retorno para a organização na melhoria da qualidade do Capital Humano e conseqüente dos produtos, dos níveis de produtividade, da satisfação dos clientes.

O SGA está dividido em outros dois sistemas para que melhor se possa entender a sua aplicação. Primeiro o Sistema Integrado de Gerenciamento do Aprendizado (SIGA) e o Sistema de Gerenciamento do Conhecimento (SGC). O SIGA por sua vez, está dividido em dois outros sistemas inter-relacionados e complementares que são o Sistema de Gerenciamento do Treinamento (SGT) e o Sistema de Gerenciamento do Plano de Carreira (SGPC).

O SIGA irá conjuminar os esforços de treinamento e de desenvolvimento orientados e desenvolvidos pela organização para a melhoria e qualificação do Capital Humano, com aqueles desenvolvidos pelos empregados (o Capital Humano) como investimento pessoal em suas carreiras.

O SGT promoverá a integração entre os sistemas de treinamento aplicados e que tipicamente são: os presenciais, os treinamentos vivenciais, os treinamentos por instrução programada através de manuais, o E-Learning que por sua vez pode ser dividido em Treinamento Baseado em Computador (TBC) e Treinamento Baseado na Web (TBW) e o Treinamento no Cargo (Trainnig on the Job). Esses treinamentos são definidos tomando-se em conta a Missão e Visão da organização comparada às qualificações e necessidades de desenvolvimento dos seus Talentos (Capital Humano) apuradas pelo SGPC.

O SGPC por sua vez, é um Sistema baseado na comunicação franca e aberta e feedback positivo e autêntico de mão dupla, onde tanto a Organização como os componentes de seu Capital Humano, sabem onde querem e devem chegar, identificam claramente o estágio em que se encontram, traçam objetivos em conjunto e assumem cada um, a sua parte de responsabilidade para atingi-los. Muitos instrumentos e ferramentas podem ser utilizados nesse Sistema: a Administração por Objetivos, a Pesquisa de Clima Organizacional, a Avaliação 360°, questionários e entrevistas pessoais, análise de potencial e desempenho, etc.

O Sistema de Gerenciamento do Conhecimento (SGC) é sem dúvida um dos mais importantes sistemas a serem desenvolvidos e implantados pelas organizações, para que possam disseminar toda informação e conhecimento que as permeiam.

Na grande maioria das organizações é comum que um determinado funcionário seja inscrito em um curso ou seminário, ao fim do qual, retoma as suas atividades cotidianas e eventualmente passa a utilizar o novo conhecimento adquirido, se é que de fato adquiriu algum.

A organização, representada pelo chefe imediato desse funcionário, normalmente não avalia qual novo conhecimento esse funcionário adquiriu e principalmente, não se certifica se ele está sendo aplicado em benefício da organização. Também não se preocupa que esse novo conhecimento fique restrito somente a uma pessoa, não propiciando a sua disseminação para os demais funcionários.

Conclusão: quando esse funcionário que recebeu investimentos para adquirir novos conhecimentos, desvincular-se da organização, o conhecimento vai junto com ele e a organização terá que refazer o investimento em outro funcionário e assim sucessivamente, com enorme dispêndio de recursos financeiros e principalmente de tempo.

Uma forma de garantir que o conhecimento seja compartilhado por toda organização é desenvolvendo um SGC. As ferramentas são inúmeras e variam desde simples reuniões pós-treinamento para divulgação e análise do aprendizado, até as mais modernas que são as salas de bate-papo, fóruns e conferências pela Internet.

Por exemplo, numa videoconferência, pode-se colocar um assunto ou problema para ser resolvido em grupo, de forma que todos possam opinar e contribuir para uma conclusão que seja aceita pela organização. O mesmo pode ser feito através de fóruns de debate sobre assuntos previamente agendados.

Mas o mais importante, é que tudo isso fique registrado e acessível a todos na organização para consulta a qualquer tempo.


Fonte: Artigonal -  Diretório de artigos gratuitos. Publicado em: 27/08/2008.
http://www.artigonal.com/administracao-artigos/a-importancia-da-gestao-do-conhecimento-nas-empresas-538412.html

Mídias sociais em seis tendências

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Elas vieram para ficar e não param de crescer. Em 2010, ficarão ainda mais populares e exclusivas. Saiba que rumo elas irão tomar.

Já se sabe que as mídias sociais vieram para ficar: em 2009 seu crescimento foi espantoso. De acordo com o Nielsen Online, do NNGroup, o Twitter cresceu 1,382% no período de um ano, o equivalente a 7 milhões de visitantes únicos somente nos EUA. No ano que vem, as mídias sociais devem ficar ainda mais populares.

O colunista da Business Week, David Armano, apontou seis tendências para mídias sociais em 2010:

1. Mídias sociais começarão a parecer menos sociais: Com grupos, listas e nichos se tornando cada vez mais populares, as redes podem começar a tornar-se mais “exclusivas”. Nem todos conseguem acompanhar todas as informações veiculadas nas suas redes de relacionamento, o que acaba criando muito “ruído” na comunicação. É provável que as pessoas passem a filtrar essa desordem para obter valor das informações provenientes das redes.

2. Avanço nas empresas: Ainda há poucas corporações investindo em relacionamento com o cliente em redes sociais. Empresas como Best Buy já deslocaram centenas de funcionários para prestar apoio aos seus clientes pelo Twitter. Este é um sinal de que, no próximo ano, as empresas voltarão mais seus olhares para descobrir as economias ou servir os clientes de forma mais eficaz através de alavancagem de tecnologias sociais.

3. Negócios sociais se tornarão um assunto sério: Os participantes dos chamados “social business” são incentivados a participar e recompensados conforme seu nível de envolvimento e atuação. Como os participantes da sua rede não tem vinculo com sua empresa, eles podem facilmente abandonar sua rede e ir para concorrência. Nesse caso, a alternativa é procurar formas de incentivar a atividade dentro das redes internas e externas, de forma a mantê-las pelo maior tempo possível;

4. Sua empresa terá uma política de comunicação social: Se a empresa onde você trabalha ainda não tem uma política de comunicação social em vigor, com regras específicas de participação em várias redes, é bastante provável que no próximo ano você receba um documento que formalize a maneira como a sua empresa atuará nessas mídias sociais;

5. Mobilidade torna-se a salvação para as mídias sociais: Com cerca de 70% das organizações proibindo o uso de redes sociais e, simultaneamente, as vendas de smartphones em ascensão, é provável que os trabalhadores procurem alimentar seus “vícios” pela interação por meio de seus dispositivos móveis. Como resultado, podemos ver mais melhorias nas versões móveis de nossa droga social favorita;

6. Compartilhar não significa mais mandar e-mails: O jornal New York Times desenvolveu um aplicativo para i-Phone que adiciona a funcionalidade de partilha. Isso permite ao usuário facilmente transmitir um artigo por meio de redes como o Facebook e o Twitter. Muitos sites já suportam esta funcionalidade, mas é provável que ela se torne realmente popular nesse próximo ano, quando as pessoas passarão a compartilhar com seus contatos na rede social aquilo que costumavam enviar para listas de e-mail.


Fonte: HSM Online - 13/11/2009, por Marcelo Bastos.

Biblioteca Digital Mundial

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Acessem, quem sabe seja de muita utilidade em nossa esfera organizacional!

http://www.wdl.org/pt/

São Paulo: a cidade mais digital da América Latina

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Um estudo divulgado no dia 27 de outubro analisa as cidades mais digitais da América Latina.

Foi divulgado um estudo feito pela Motorola e Convergencia Research que analisou o nível de digitalização de 150 cidades em 15 países, levando em conta a infra-estrutura, serviços, redução da desigualdade digital e o emprego de tecnologias de informação e comunicação.

A cidade de São Paulo conta com o 1o lugar do ranking e se destacou principalmente nos aspectos ligados ao Governo Eletrônico.

Leia a notícia na íntegra aqui.

Publicado em: 11/16/2009 10:05 AM

Fonte: Folha de São Paulo - Informática

CAPTCHAs, reCAPTCHAs e o trabalho invisível

Meu primeiro post, vamos ver se sai alguma coisa boa. Faz tempo que eu não escrevo nada...

Eu estava lá, charlando, quando uma amiga postou no twitter um lance mais ou menos assim: "Quem pensou nisso é um gênio! -link-", aí obviamente eu cliquei no tal link.

Fui levado pra uma página que falava o que eram captchas e recaptchas. Eu já fazia uma vaga idéia do que era, mas o site clarificou tudo. Pra quem não conhece os termos, um captcha é aquela palavrinha distorcida que a um monte de sites te obriga a decifrar quando você quer se dacastrar, comentar, enviar e afins, e serve para evitar que algum programa fique fazendo a mesma coisa que você só que de maneira automatizada e, consequentemente, muito mais vezes.

CAPTCHA é uma sigla, que significa "Completely Automated Public Turing test to tell Computers and Humans Apart." Traduzindo livremente, seria algo como um método para diferenciar humanos de computadores. Pensei logo de cara que isso era bobagem, existem vários softwares de OCR (reconhecimento digital de caracteres), e fui ler sobre. De fato, alguns tipos de captchas já são decifrados por programas, então eles estão evoluindo: agora aparecem com linhas, novas distorções, palavras grudadas e/ou quebradas...

Até aí, só achei meio bobo. Aí cheguei no reCAPTCHA, que eu estava imaginando como uma nova versão da mesma coisa.

Coloquei o termo no google e dei enter pra ver o que iria parecer. Uma enxurrada de links mostrava que a Google comprou a empresa do recaptcha. Já despertou meu interesse, porque eu ando meio anti-google esses dias (eu sei, odeio-mas-uso-mesmo-assim). Então eu vi o porquê...

Vocês já encontraram captchas com duas palavras? Muito frequente pra quem usa facebook, normalmente essa forma é composta por um captcha e um recaptcha. Mas o que é um recaptcha afinal?

Ele se apresenta da mesma maneira ao usuário, mas não é uma palavra gerada aleatoriamente. Programas OCR são usados para digitalizar livros, mas ocasionalmente eles acusam que algumas palavras não puderam ser lidas. Isso pode acontecer por uma série de fatores físicos do livro, por falta da palavra no banco de dados de conferência, por uso de uma fonte não-padrão ou por ser um manuscrito com letra feia, tanto faz. Essas palavras, não reconhecidas automaticamente, são enviadas para serem recaptchas.

Funciona assim: aparecem pra você duas palavras: a primeira é um captcha comum, que vai permitir seu acesso ao que você desejava, se digitado corretamente. A segunda, é uma palavra escaneada de algum lugar, que você vai ajudar a dizer qual é. Ela não precisa ser digitada corretamente, embora uma porcentagem absurda de pessoas o faça. Há um sistema de pontuações para cada vez que um recaptcha é digitado, e ao atingir determinada pontuação ele é considerado correto e enviado para o corpo do livro de onde saiu.

De acordo com o site oficial, aproximadamente 200 milhões de captchas são resolvidos por dia, e levam em média 10 segundos para o serem. Individualmente isso é muito pouco, mas o resultado final é uma carga de 150.000 horas de trabalho por dia.
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Pensando nisso, cheguei a algumas conclusões: primeiro, a Google comprou a recaptcha para digitalizar o acervo absurdamente gigantesco que eles adquiriram nos ultimos anos, para que eles possam vender esses livros. Segundo, eles nos botam pra trabalhar, de graça, sem que nós percebamos, para digitalizar obras que nós não sabemos quais são.

Além de eu considerar isso imoral, acho perigoso. Se eu estou trabalhando, deve ser com o meu consentimento e eu devo ser pago por isso, está em qualquer texto jurídico. Mas o principal é que se eu estou ajudando uma informação a circular nesse mundo, também sou responsável por ela, e mesmo achando que no final é bom pra humanidade que QUALQUER COISA seja traduzida, publicada etc, eu não quero colocar as minhas mãos em uma porção de coisas.

A Google é uma gigante da informação, crescendo assustadoramente a cada ano. Agora todos nós trabalhamos um pouco pra que ela continue assim. Eles possuem uma enorme facilidade pra disfarçar trabalho em diversão, fazendo seus usuários sentirem prazer em realizar trabalhos pra eles, seja provendo informações ou resolvendo captchas.

Seja como for, meus recaptchas agora são sempre 'pizza'. Informação muda vidas, e eu não vou ajudar informação que eu não posso julgar antes. É perigoso demais, e embora a minha pequena sabotagem seja irrelevante pro resultado final, me recuso a participar aqui.

E eu adoraria qualquer comentário sobre isso, estou ansioso por outras opiniões!

Nada Biblioteconômico, mas interessante.....................

domingo, 15 de novembro de 2009

Brasil é o quarto no ranking mundial de produção de cerveja

De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial de produção da bebida, com 10,34 bilhões de litros por ano, perdendo apenas, em volume, para a China (35 bilhões de litros/ano), Estados Unidos (23,6 bilhões de litros/ano) e Alemanha (10,7 bilhões de litros/ano).

Porém, mesmo estando entre as bebidas mais consumidas no mundo, muitos apreciadores ainda não sabem degustá-la da maneira correta e nem sequer diferenciar e apreciar os seus diversos sabores, cores e aromas.

Tipos de cerveja
Segundo o cervejeiro da Microcervejaria Bamberg de Votorantin (SP) Alexandre Bamberg, existem mais de 100 tipos de cerveja. A bebida pode ser classificada em três tipos: alta fermentação, baixa fermentação e aquelas que não tem alta e nem baixa fermentação, chamadas de espontâneas.

Baixa fermentação (Lager): a bebida é fermentada em baixa temperatura, por volta de 12 graus. São as cervejas douradas e filtradas, apresentando algumas variações escuras.

Exemplos:

* Pilsen - de cor clara, leve amargor, original da cidade de Pilsen, o tipo de cerveja mais consumida no mundo.

* Malzbier - de cor escura e adocicada, malte caramelizado.

* Bock - sabor mais forte e encorpado, geralmente de coloração escura e de grande aceitação.

Alta Fermentação (Ale): a bebida é fermentada em alta temperatura, entre 18 e 20 graus.

Geralmente são as cervejas que possuem maior corpo e paladar frutado.

Exemplos:
*Weizenbier, Weissbier ou Weisse – cervejas de trigo, geralmente não filtradas.

*Stout – produzida a partir de cevada torrada, que produz um malte especial (escuro) e possui um sabor amargo conferido pelo lúpulo associado ao adocicado do malte.

Fermentação espontânea: são bem diferentes e lembram a sensação de estar bebendo um vinho espumante.

Exemplos:

*Faro – é uma mistura de Lambic com adição de açúcar. São bem carbonatadas e mais doces e refrescantes que as gueuze. O sabor geralmente é franco e açucarado

*Kriek – cerveja lambic com adição de cerejas durante o período de maturação em barrica.

Estupidamente gelada? Não.

Cerveja não deve ser tomada estupidamente gelada. A baixa temperatura prejudica a formação de espuma na cerveja, dificultando a liberação de aromas mais sutis; cerveja muito gelada ainda "adormece" a língua, comprometendo o paladar. “Cada cerveja é como vinho, segue a mesma linha tanto em temperatura a ser servida, quanto em harmonização com pratos”, declara Bamberg.

Cerveja clara: por serem normalmente mais leves, devem ser consumidas entre 2 e 4 graus positivos.

Cerveja escura: quanto mais escuras e aromáticas maior será a temperatura ideal a serem ingeridas. A bock, por exemplo, por ser uma bebida própria para o inverno, deve ser consumida a 10 graus positivos.




Agora, para quem não bebe cerveja, água de côco pode ser ingerida sem limites e com a grande vantagem: você não perde o paladar mesmo que esteja estupidamente gelada, pode beber litros que hidrata e o melhor, ainda vai embora dirigindo!!!





Politicagem no trabalho

sábado, 14 de novembro de 2009

Como evitar a politicagem no trabalho


No ambiente corporativo, sempre tem alguém abusando da manipulação para levar vantagem. Um livro mapeia os jogos políticos mais comuns e mostra como se livrar deles.

Fazer fofoca, jogar a culpa em um colega, usar o nome do gestor para conseguir alguma coisa ou ir a reuniões com conchavos costurados previamente. Atitudes como essas se repetem diariamente no trabalho e têm em comum o comportamento desleal: alguém avançou o sinal para obter algum benefício pessoal. Em parte dos casos, as pessoas fazem isso conscientemente. Em outros, nem percebem a gravidade de suas ações. “Todo mundo se envolve, em maior ou menor escala”, diz Maurício Goldstein, sócio-diretor da consultoria Pulsus, de São Paulo.

Com o escocês Philip Read, executivo de RH de multinacionais como Dow, Maurício entrevistou executivos de vários países e escreveu o livro Jogos Políticos nas Empresas (Campus/Elsevier), que lista 70 comportamentos, ou jogos políticos, que ocorrem no mundo corporativo. Pouca gente discorda que é errado jogar, mas a jogatina rola solta. Por quê? “É uma forma de minimizar a ansiedade”, diz Maurício. Para quem precisa entregar resultados, os jogos oferecem um alívio, já que em geral trazem vantagens imediatas a quem participa. Em tempos de transparência, se engana quem pensa que eles estão com os dias contados. “Os jogos têm crescido porque a pressão nas empresas é cada vez maior”, afi rma Maurício.

Para o administrador Ernesto Schlesinger, de 36 anos, a necessidade de cumprir o prazo imposto pela mineradora francesa da qual era controller, em 2005, fez com que ele enfrentasse um jogo político. Responsável por montar o orçamento da subsidiária brasileira, criou um cronograma para o envio de informações necessárias ao planejamento a ser cumprido por diversas áreas. Na data combinada, poucos dados chegaram. “As pessoas se isentavam de culpa e jogavam o problema para os outros”, diz. Depois de intermediar muitas conversas, convocou os envolvidos para uma reunião e, às claras, confrontou informações e pediu que todas as pendências fossem resolvidas ali. “Acabamos com conversas paralelas e expusemos os reais problemas, para chegar à solução com rapidez.”

POLÍTICA OU POLITICAGEM?

Não há nada de mal em fazer política. Muito pelo contrário. Ela pode, e deve, ser um ingrediente importante para crescer na carreira. “Construir articulações e influenciar na tomada de decisão é um movimento legítimo, desde que seja algo claro e ético”, diz José Valério Macucci, consultor de liderança e professor do Insper - Ibmec São Paulo. A política faz parte da vida profissional e não se pode fugir dela. Segundo o consultor Gutemberg de Macêdo, especializado em recolocação de profissionais, muitos dos executivos que chegaram a seu escritório, em São Paulo, nos últimos meses após uma demissão demonstraram falta de habilidade para lidar com a política da empresa.

A diferença da política saudável para o jogo político está no uso da manipulação como forma de obter alguma vantagem sobre alguém ou sobre a empresa. Além disso, a politicagem é altamente contagiosa, na medida em que outras pessoas começam a reproduzir o mau comportamento quando percebem que aparentemente traz benefícios. “Os jogos políticos são contraproducentes”, diz Maurício. “Eles drenam os recursos da empresa, a energia e o tempo das pessoas.” Outra característica importante: qualquer jogo exige mais de uma pessoa para ocorrer. Portanto, não basta não iniciar um jogo. É preciso dizer “não” quando se depara com alguém jogando.

O consultor de marketing digital Alexandre de Mattos, de 35 anos, sucumbiu à tentação e entrou em uma barganha perigosa. Em fevereiro deste ano a holding do ramo de educação da qual ele era gerente ficou mergulhada em jogos políticos quando um executivo anunciou sua saída, abrindo espaço para disputas por promoções. “As pessoas passaram a buscar alianças, segurar contratos e especular sobre os possíveis promovidos”, diz. Outro executivo, interessado em desmontar a área de Alexandre, propôs a ele uma troca: o indicaria a uma das vagas caso ajudasse esse executivo a fechar a área. Alexandre topou. “Me envolvi e quando me dei conta era tarde para desistir”, conta. Ele ganhou uma das principais gerências, mas o clima pesou, já que o acordo fi cou claro para os outros profi ssionais. Dois meses depois, Alexandre optou por deixar a companhia. “Nunca havia me envolvido nesse tipo de política e percebi que não tinha nada a ver comigo.”

Leia esta matéria na íntegra, clicando no link.

Fonte: Você S/A (Desenvolva sua carreira / Edição 0137 / Carreira - Comportamento)
Por Renata Avediani (ravediani@abril.com.br) 11/11/2009