Se é óbvio afirmar que o ambiente em que vivemos influencia a cultura (e vice-versa), podemos inferir sem receio que o uso de ferramentas Web 2.0 terá um forte impacto na cultura e no comportamento das pessoas.
Mas até que ponto? Esta é uma das perguntas mais freqüentes colocadas por estudiosos das diversas disciplinas das ciências humanas. E seria muita pretensão nossa sequer pensar em respondê-la.
No entanto, acreditamos que podemos apresentar algumas tendências e exemplos que mostram caminhos que algumas empresas, instituições, organizações e pessoas estão experimentando hoje.
O que irá acontecer? O que irá se consolidar e o que irá simplesmente desaparecer? Ainda é muito cedo para dizer, mas acreditamos que o fato de experimentar e buscar novas maneiras de se relacionar é o desafio que se coloca a esta nova geração. Geração esta que irá se comunicar e trocar experiências como todas as outras gerações anteriores, só que agora com um conjunto de ferramentas e tecnologias sequer imaginadas apenas uma geração atrás.
Estamos vivendo um momento único na história da humanidade, um momento em que a adoção de uma nova tecnologia está mudando radicalmente a maneira como as próximas gerações irão se relacionar. A digitalização massiva do que antes era físico e a consequente facilidade e agilidade para a distribuição desta gigantesca nuvem invisível de dados, informação e experiências está alterando substancialmente as formas de se produzir arte e cultura.
Estamos ainda engatinhando nesta nova estrada digital. Mas sabemos que os atores da indústria cultural estão neste palco ainda procurando entender seus novos papéis e interações possíveis. Mas o que já sabemos é que a quebra de fronteiras geográficas, sociais e econômicas resultará em uma nova ordem cultural. Menos centralizada, mais compartilhada e colaborativa.
Trabalhar e produzir em rede não é uma mera tendência ou modismo. A rede é o meio em si. O equilíbrio e grau de energia destas redes irá com certeza produzir novos paradigmas sobre a produção, compartilhamento e acesso aos artefatos e manifestações da cultura humana.
Cabe a indústria cultural, aos governos e a sociedade descobrir seus novos limites e poderes e aprender como viver e produzir cultura neste novo mundo.
Trecho do texto "Cultura 2.0. Indústria e Cultura de Massa: Redefinindo fronteiras". Disponível em http://www.terraforum.com.br/biblioteca/Documents/cultura.pdf
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